O ano começou colorido no nosso blog. Conheçam a história de Camila Pasinato, uma jovem ilustradora que resolveu seguir o seu coração!

“A Oficina é minha, não to acreditando!! Faz um tempão que eu queria escrever aqui!

Vamos lá, eu sou a Camila, tenho 25 anos, mas já já faço 26. Moro em Cuiabá-MT, me formei em 2012 em Design de Moda pela Universidade Estadual de Londrina, pela Politécnico de Milão também e hoje faço mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea na UFMT.

Trabalhei desde antes de me formar como Designer de Moda, lidando com o processo criativo, modelagem e compras, na maior adrenalina da vida, porque gente, a indústria do vestuário é assim: pra quem gosta de adrenalina louca todo-dia-toda-hora e resolver pepinos, ou como eu chamava, B.Os. Não tem nada de glamour não tá?! Mas assim como qualquer outra profissão, tem seu lado positivo e me ajudou a crescer, amadurecer e me sentir cansada!!

Até que um dia cansei de verdade! E me voltei para algo que eu sempre gostei: a ilustração! Eu sempre desenhei, tenho TODAS as minhas pastas de desenho guardadas até hoje. Sempre fiz cursos e cursos, mas nunca pensei em trabalhar como ilustradora. Todo mundo falava: ah isso não dá dinheiro! Influenciada por essas opiniões, ficava postergando a ideia. Só que era como uma coceirinha, ela não passava nunca! Aí eu resolvi tentar.

Em setembro de 2015 saí do meu antigo trabalho e comecei a trabalhar como ilustradora! Como? Eu gosto de falar que ilustro os sonhos das pessoas, seus momentos importantes e seus queridos (mães, bebês, pets). Eu trabalho sob encomenda, exponho e vendo algumas ilustrações do meu acervo em feiras, além de ter alguns trabalhos no Colab 55 e na Urban Arts. Mas não quero me desvincular do meu lado designer de moda! Pois eu ainda quero dar aulas nesse segmento, se for de desenho de moda então, amo!  Além de prestar consultorias.

Mas onde eu queria chegar: a coisa não tava legal pra mim, eu tava sentindo essa inquietação, essa coceira de mudar e fazer algo que eu realmente amava e que eu sempre quis fazer, mas não vinha a coragem. O resultado disso era que eu estava infeliz. O medo e a comodidade muitas vezes faz com que a gente deixe passar as melhores ideias das nossas vidas. E o pior, a gente pode continuar infeliz e pensando: e se… e se?!

Eu me preocupo com as minhas contas, com o futuro que eu quero ter e sabia dos riscos que estava correndo ao mudar de carreira. Tenho namorado e pais incríveis que me deram muito apoio, isso foi fundamental. Tenho problemas de insegurança com o que produzo, não vou mentir, sempre tive! Acho que poderia estar melhor, por isso pratico, pesquiso, estudo o mercado e tento organizar minha rotina, que é a parte mais difícil.

Mesmo com essas adversidades (contas, futuro, inseguranças) eu pensei que a probabilidade de eu ser feliz era maior do que a da vida que estava levando. O resultado é que eu tive muitas surpresas positivas nesses poucos meses que me apresentei para o mundo! Os elogios das pessoas é o que mais me motiva a continuar tentando. Devo estar no caminho certo!

Se vai dar certo ou não eu não tenho a menor ideia, mas o mais legal é que eu to tentando e eu posso dizer que um dia eu tava com vontade fui lá e fiz. Só por isso já vale a pena! Depender de você mesmo, do seu trabalho e do seu esforço pra sobreviver é muito bom. Fazer algo que você gosta e que te entusiasma é maravilhoso! Por isso incentivo todo mundo a lutar pelos seus sonhos (pessoais e profissionais) e assim encerro com o conselho mais clichê do mundo: siga seus sonhos! Coloridos, preto e branco, desenhados à mão, costurados, impressos, bordados, o que for!”