Crise brasileira gera oportunidades para aquisição de imóveis

O Brasil vive um momento de transição. Contudo, as constantes baixas da economia gera desconfiança para os consumidores que pretendem comprar um novo imóvel, mas não as impede de fechar o negócio. É isso o que aponta uma recente pesquisa do Imovelweb, importante portal do mercado imobiliário.

O levantamento aponta que dentre 1.693 entrevistados, 70% pretendem comprar ou locar um novo lar ainda em 2015. “Independente do quadro econômico, as famílias estão negociando e encontrando novas formas de financiar o sonho da casa própria”, garante o Gerente Comercial da Alva Construtora, Filipe Sartori.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Cezário Siqueira Gonçalves Neto também afirmou em entrevista que este é o melhor momento para fazer negócio, em especial para quem está pensando em comprar. “Você que está com recurso disponível, acesse esse crédito para a compra da casa ou apartamento, porque você vai ganhar lá na frente em economia. Mais pra frente o preço desses imóveis vai sofrer uma majoração como consequência do momento econômico em que vivemos”.

De acordo com a pesquisa, os apartamentos lideram as buscas, com cerca de 56%, seguidos por casas, com cerca de 40%. Filipe lembra que os empreendimentos estão cada vez mais funcionais para melhor atender os novos consumidores, cada vez mais exigentes.

Alguns consumidores decidiram adiar o fechamento dos negócios para o próximo ano. Segundo o levantamento,a economia instável, a preocupação em manter o emprego, expectativa dos preços diminuírem em 2016 e medo de não conseguir aprovação do financiamento foram as principais causas dessa desistência.

Filipe também lembra que os bancos estão cada vez mais cautelosos na hora de liberar empréstimos e financiamentos, um nova modalidade vem crescendo. De janeiro a julho deste ano, foram vendidas 135,9 mil novas cotas do consórcio de imóveis, o que significa avanço de 50,3% sobre os negócios nesse formato em comparação ao ano passado.Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

O instituto afirma que, em todo o sistema de consórcios, as adesões nos sete primeiros meses do ano somaram 1,36 milhão consorciados, elevando o total de participantes, em julho, para 7,15 milhões, número 4,4% superior ao mesmo mês em 2014. “Mesmo em meio a um momento econômico difícil, o consumidor tem redobrado sua atenção nos comprometimentos financeiros de médio e longo prazos: muitos optaram por auto-financiamento, custos mais baixos e planejamento financeiro”, disse Paulo Rossi, presidente da Abac.