Por que escolhemos Home Office?

O “trabalhar em casa” ainda carrega uma série de dúvidas sobre a produtividade pra quem não entende a dinâmica. Ter um Home Office vai além das maravilhas de se estar no mesmo lugar em que almoça, dorme e faz milhares de coisas rotineiras.

Para quem trabalha fora, pode parecer ser muito conveniente não precisar enfrentar o trânsito ou os problemas de atrasos. Mas acreditem, é bastante desafiador acordar, ter disposição para se levantar e começar a fazer o seu trabalho.

Essa tendência só cresce. Só nos últimos 5 anos, o número de pessoas que trabalham por conta própria cresceu 22% no Brasil. Dados do Censo 2010 apontam que mais de 30 milhões de brasileiros optaram por ter um escritório em casa.

Um estudo patrocinado pela Dell e Intel mostra que entre os profissionais que trabalham de casa, 49% sentem menos estresse, 45% dirigem menos, 33% dormem mais, 52% têm mais tempo para a família e 54% consideram que são mais produtivos ao realizar o trabalho remoto.

Quando nós decidimos pelo Home Office foi por questões financeiras e de logística. Com um novo negócio o principal ponto a se pensar é evitar gastos desnecessários, já que as duas possuíam as ferramentas necessárias para exercer as funções de casa. Elô fez uma pesquisa minuciosa sobre essa prática. A partir disso tomamos algumas decisões.

A primeira coisa que fizemos foi estabelecer um horário. Todos os dias estamos online às 8 da manhã. Isso não é uma imutável já que imprevistos acontecem, mas tentamos começar a trabalhar nesse horário. Temos o intervalo de almoço e estamos tentando controlar a hora em que finalizamos o serviço diário. Esse sim é um desafio!

Com esse formato optamos por atender nossos clientes nas respectivas empresas. Além de ser mais cômodo para eles, é ótimo para nós. Saímos um pouco de casa, podemos conversar (já que sempre usamos o mesmo carro) e as nossas melhores ideias saem desses imprevistos fora de casa.

Alguns textos dizem que é bom tirar o pijama e colocar uma outra roupa como se você fosse trabalhar. Admito que não coloco roupas sociais nem faço grandes produções, mas procuro fazer isso para deixar o sono de lado.

Acho que para nós o maior desafio é conseguir dividir a vida pessoal da profissional. Eu moro em um condomínio fechado e já tive que parar tudo o que estava fazendo para atender a síndica. Isso pode atrapalhar. Assim como ligações no meio da tarde sem propósitos profissionais porque “trabalhamos em casa e não temos chefe”.

Pior do que ter chefe é conseguir estimular a liderança e a responsabilidade dentro de nós. É um exercício diário se policiar para não parar tudo e assistir um filme muito legal que está passando no cinema no meio da tarde ou sair para passear depois de uma reunião com um cliente.

Tentamos também manter contato diário com nossos colegas de profissão. É importantíssimo evitar o isolamento profissional, até mesmo porque muitas vezes vamos depender desse relacionamento para atender nossos próprios clientes da melhor maneira. No mercado de comunicação tudo é uma via de mão dupla e é essencial ter noção daquilo que se pode oferecer e que serviços precisam ser terceirizados para não prejudicar o trabalho desenvolvido. Além disso, a troca de experiências engrandece qualquer profissional.

Além dos desafios, esse formato se adequou perfeitamente ao nosso estilo. Não somos obcecadas por regras engessadas e às vezes decidimos parar tudo para distrair a cabeça antes de focar em outro serviço. Nós traçamos nossas próprias metas e tomamos as decisões em conjunto, sem a necessidade de submeter isso à aprovação de ninguém além do cliente. Não nos estressamos com convívios difíceis. Economizamos muito sem precisar ter um local de trabalho exclusivo pra oficina89. Temos independência, iniciativa própria, proatividade e liberdade para colocar um adesivo lindo de uma diva na parede com bolinhas pretas.