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Como me tornei Ilustrador?

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Como me tornei Ilustrador?

June 16, 2015

Seja muito bem vindo, Maurício. A oficina é sua!!

“Algo que gosto muito é contar minhas histórias pois geralmente tem algo de cômico em cada passo da minha trajetória, já que sou um pouco atrapalhado e isso acaba rendendo momentos engraçados.

Eu sou natural de Cascavel – PR, me criei até os 3 anos na cidade de Agudos do Sul, próximo a Curitiba. Vivia no meio rural, andava a cavalo e brincava no mato, na terra ou nas pedras. Tinha uma bota cor-de-rosa e uma camisa xadrez que mal cabia em mim, deixando minha barriga de fora. Eu era um Jeca.

Meus tutores da época não eram meus pais biológicos e, por falta de condições, fui adotado novamente, dessa vez por quem considero minha família de verdade. Quando vi minha mãe e irmã pela primeira vez eu já tinha 3 anos e meio. Foi engraçado, pois minha mãe tinha cabelo vermelho e minha irmã Black Power. Saí correndo de medo, pois vivia apanhando de minha tutora e imaginei o que essas daí não iriam fazer comigo.

Estava enganado. Tinha acabado de receber uma família incrível e fui morar em Curitiba. Era o caçula e logo estava entorpecido de tanta novidade: cidade grande, TV com desenhos animados, shopping, playground e tudo mais. Sempre fui de falar muito e todos gostavam disso, achavam legal e bonitinho.

Um dia, um grande amigo do meu falecido irmão chegou em casa e mostrou alguns desenhos dos Flintstones feitos por ele e à mão, com lapiseira. Eu fiquei maravilhado, pois achava que isso nem era possível, só mesmo na TV.

Nesse momento fui para o desenho, aos 4 anos de idade e nunca mais parei. Mentira, parei sim. Teve uma época que tive um super bloqueio, quando minha tia queimou cerca de 50 desenhos originais que tinha produzido até meus 08 anos de idade.

Mas recomecei aos 10 anos, redesenhando Dragon Ball Z e fazendo cópias para amigos do colégio. Nesse época, eu tinha algumas imagens dos Animes preferidos salvos no meu PC, mas estavam em baixa qualidade. Resolvi que eu iria redesenhar todas as imagens no recém descoberto Corel DRAW (versão 8). E deu certo.

Aos 12 anos, desenhava a mão e no computador e comecei a entender que aquilo tudo podia ser minha vida, inclusive profissional. Escolhi que faria Design ou Belas Artes, mas eu só tinha Cuiabá como opção e, por diversos fatores, escolhi Comunicação Social – Publicidade e Propaganda na UFMT. Vale lembrar que tive um novo bloqueio aos 16, quando passei a estudar para o vestibular e retomei a produção aos 18, já na UFMT.

Nesse momento, minha família passou por um problema financeiro grave e tive que arrumar um emprego. Estava meio desesperado, deixando currículo até em livraria, loja de conveniências e tudo mais. Vale lembrar que como freelancer sem experiência, eu não conseguia tirar mais que R$ 50,00 ou R$ 100,00 por trabalho realizado. Isso quando não fazia de graça pra “fazer nome”.

Isso tudo foi em 2008. Final de 2009 apareceu algo mágico: Um projeto da UFMT vinculado a uma Universidade do Japão (Tokai University) estava precisando de designer e ilustrador para atender um projeto por 4 anos. Fiz o teste e passei. Minha vida foi salva nesse momento, pois passei a ter um salário bom e fazendo o que eu amava. Aprendi muita coisa que não sabia e comecei a unir conceitos da Publicidade com o que aprendia na prática realizando produções para o Projeto “Pedagogia – Acordo Brasil e Japão”.

Bom, de lá pra cá, muita coisa aconteceu, mas de forma resumida, eu fui me descobrindo cada vez mais como artista e designer gráfico, aprendi que nome é algo que se constrói todos os dias e que o mundo é um pouco mal, você precisa estar atento a isso. Pessoas querem seu bem e outras simplesmente não se importam.

Aprendi e estou aprendendo que o mercado é algo que varia de região para região e de nicho para nicho. Quanto vale nem sempre é quanto custa e, às vezes, baixar o valor não é sinônimo de prostituição de mercado, é flexibilidade. Logicamente, o trabalho oferecido por um valor alto difere de quanto feito por outro valor mais baixo.

O que mais me agrada em tudo que vivi até agora é saber que me descobri ilustrador e designer graças ao relacionamento que tive com as pessoas. Adoro olhar no olho, ouvir de verdade o que as pessoas querem dizer, afinal, além de ser cordial, tudo acaba virando uma historinha na minha cabeça, que pode se tornar arte no final de tudo”.

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